sexta-feira, 4 de julho de 2008

¤¤¤ Interessantíssimo... ¤¤¤


Aquecimento global: mitos e realidades
(SEBASTIÁN PIÑERA / Traduzido por Letícia Tavares Ribeiro)

Anos atrás, a revista “Times” publicou uma reportagem de capa entitulada “Salvemos al Planeta Tierra”. Pareceu-me um título presunçoso e que indicia a um erro. O que está em risco não é o planeta Terra, que em seus quatro mil e 600 milhões de anos de vida tem resistido a todo tipo de catástrofes e ameaças: meteoritos, glaciaciações, terremotos, aquecimentos, dilúvios, etcétera. O que realmente está em perigo é a sobrevivência do ser humano, que todavía não cumpre dois milhões de anos de existência, e desse ponto de vista, é um recém chegado. De fato, quase 99% das espécies que alguma vez existiram já não existem mais. A pergunta é se o homem vai se incorporar a essa imensa maioria que não suportou ou não pode sobreviver.
É certo, que à primeira vista, a evidência sobre os efeitos do aquecimento global parece confusa. Existem visões otimistas que levam a não nos preocuparmos e outras que anunciam tempos de
catástrofes sem prejuizo dos interesses criados que subsistem atrás delas. Sem embargo, um estudo mais sereno e objetivo permite separar a palha do trigo.
O informe do Painel Intergovernamental de Troca Climática (IPCC), preparado por 180 cientistas e revisado por mais de 2.000, apresentado em janeiro deste ano em París(2007), permite tirar maiores luzes e melhor evidência: desde a Revolucão Industrial e acelerando-se nos últimos 30 anos, a temperatura média do ar e do mar foi aumentada e as ondas de calor foram agravadas. De fato, 11 dos últimos 12 anos localizaram-se entre os mais quentes desde
1850. As camadas de neve e gelo tem diminuido aumentado o nível do mar. Houve alteração no regime de chuvas, gerando maiores inundacões, secas e furacões. E, o mais grave, é que as mais sérias projeções futuras indicam que estes perigosos fenômenos tendem à agravar-se durante este século, gerando severas e prejudiciais consequências para a vida humana.
Feita esta constatação, dramáticamente confirmada pela segunda parte do informe do IPCC e que demonstra que 50% da América Latina se verá gravemente afetada pelo aquecimento global, cabe fazer algumas perguntas. Isto é um fenômeno natural ou é produto da ação do homem? Se o homem é o responsável, quais são as ações humanas que provocam ou agravam o problema?
Quem são os principais responsáveis? Quais serão as consequências? Que podemos fazer para
evitar ou amenizar esta ameaça?
O informe do Painel Intergovernamental de Troca Climática, antes citado, sobe de 66 a 90% a probabilidade de que o principal causador seja o homem, e identificou os gases (queima de combustíveis fósseis) e a troca do uso do solo (desmatamento) como os principais vilões.
É induvidável que a conduta humana nos últimos 30 anos tenha sido irresponsável e que chegou o tempo de corrigir os erros, emendar o rombo e recuperar o tempo perdido. Despois de tudo, a Terra e a natureza são um dom de Deus e deveríamos considerá-lo não uma herança de nossos
pais, e sim um empréstimo à nossos filhos. Eles não têm porque conhecer as cordilheiras nevadas, os glaciais, os bosques nativos, os rios cristalinos ou os ursos polares somente nos livros de história. E isto é uma enorme responsabilidade do aqui e agora.

Um comentário:

Capitu,olhos de ressaca* disse...

Isso msm lê...
as pessoas deviam ter mais consciência..